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Turismo na era do Covid-19: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”

Artigo do jornalista e turismólogo Nairson Socorro

Publicada em 23/06/20 às 11:09h - 729 visualizações

Nairson Socorro


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Turismo na era do Covid-19: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”
 (Foto: Rádio Boas Novas Aracaju)

* Nairson Socorro

 

A região Nordeste, rica em belezas naturais, históricas e culturais, foi naturalmente vocacionada para o turismo. O setor foi um dos segmentos da economia mais afetados pela pandemia do coronavírus que desde o inicio do ano vem castigando o planeta e a partir do mês de março passado passou a afetar mais substancialmente o Brasil.

Dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em maio passado, apontam que o setor de turismo no país acumulou perdas de R$ 62,5 bilhões desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Neste exato momento, a preocupação das autoridades governamentais e do empresariado do setor hoteleiro no Nordeste são antagônicas: o governo enfrenta a falta de leitos hospitalares com o avanço dos registros dos casos de coronavírus, e em contrapartida os empresários sofrem o impacto do acumulo de oferta de vagas nos hotéis, e a falta de clientes.

A região nordestina, (foco desse artigo), como quase todo o país sofre as consequências da pandemia do Covid-19. Todos lutam e se preparam para a retomada das atividades, mesmo sabendo dos riscos que estarão sujeitos, com um retorno prematuro as atividades. Como se diz por aqui, a situação é a seguinte: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come,”.

O Rio Grande do Norte vive hoje a experiência de maior preocupação na região em função do alastramento da doença, que um dia foi no Ceará, Pernambuco e no Maranhão, e agora são os potiguares, alagoanos e paraibanos. O estado já registrou mais de 700 óbitos, cerca de 20 mil casos confirmados do coronavírus e uma outra quantidade em análise.

O Maranhão que já atingiu o pico da pandemia, e está em escala descendente, registrou (conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde – SES), no último sábado, dia 20, a marca de 386 novos casos e ultrapassa os 70 mil infectados pelo coronavírus. O estado chegou a quase 1.800 mortos pela doença.

Pernambuco, que teve a situação mais preocupante no Nordeste, já atingiu um pico em registro de caso e hoje vive uma escala desdente. Pernambuco começa aos poucos a afrouxar as medidas restritivas para o isolamento social. Porto de Galinhas e região metropolitana de Recife (PE), por exemplo, estão retomando aos poucos, e com responsabilidade, as atividades turísticas. No último sábado, dia 20, a região deu início a primeira etapa da reabertura gradual das atividades em sua orla,

Nessa etapa foi feita a liberação das praias apenas para atividades esportivas individuais, em horário pré-estabelecido (das 4h às 12h), com o uso obrigatório de máscaras durante a permanência na areia, bem como o cumprimento das medidas de prevenção, distanciamento e higiene.

Com protocolos que deverão ser seguidos em outros estados, pois é básica, nesta primeira fase está sendo proibido o comércio de barracas, ambulantes e também a utilização de qualquer estrutura para permanência no local, como cadeiras, caixas térmicas e o banho de mar.

Aos poucos o setor vem lutando para voltar a normalidade. Com protocolos rígidos, alguns hoteleiros também estão reabrindo seus estabelecimentos. Mas como citei anteriormente, ao contrário da falta de leito em hospitais, a ocupação média nos hotéis não cresce e atualmente gira em torno de 10 por cento, conforme dados colhidos junto a representantes do setor, apesar de já ter chegado ao Nordeste, teoricamente, o período da alta estação, com o chamado ciclo junino.

Antônio Carlos Franco Sobrinho, presidente da ABIH/SE: "normalização na hotelaria só se dará a partir do final do próximo ano".

Em Sergipe, (conforme informações colhidas junto ao presidente da Associação Brasileira da Industria Hoteleira-ABIH/SE, Antônio Carlos Franco Sobrinho), “os hotéis estão retornando suas atividades, sob a égide de um rigoroso protocolo apresentado pelo Ministério do Turismo – Mtur, no entanto os hoteleiros não se conformam apenas com esse protocolo oficial, e estão em conjunto com o Governo do Estado e autoridades do setor sanitário, trabalhando na formatação de novas regras, que serão lançadas ainda esta semana, com cartilhas e filmes educativos”.

Com as novas regras e mais segurança, é provável que no mês julho próximo, seja registrado o retorno as atividades de 90 por cento dos hotéis em Sergipe. Durante o período de quarentena, os empresários do segmento turístico em Sergipe, em parceria com o SEBRAE/SE e órgãos governamentais estão realizando ações virtuais para divulgação do destino e captação de clientes, para que quando tudo isso passe, a situação volte a normalidade no menor espaço de tempo possível.

Já o diretor administrativo da ABIH/Nacional, Manoel Lisboa, informa que a entidade nacional fez um levantamento da situação em todo o país, e constatou que a região Nordeste deve ser a primeira a apresentar recuperação graças a reabertura de grandes grupos de hotéis e suas atrações turísticas. O turismo rodoviário será bastante utilizado nessa retomada e a proximidade dos estados da região, favorecerá em muito nesse momento de retorno da atividade turística.

Levantamento da ABIH, citado anteriormente, aponta que a Bahia está com 95% dos hotéis com as operações suspensas e tem a expectativa de que o início da retomada do Turismo deva acontecer paralelamente à reabertura de unidades de grandes grupos de hotéis que estão programando reiniciar suas operações agora no mês de julho.

Manoel Lisboa, diretor administrativo da ABIH/Nacional.

A redução na oferta da malha aérea é um grande gargalo para o turismo na região Nordeste, que se agravou muito neste momento de isolamento social e o cancelamento de voos pelas companhias aéreas. O fator é destacado pelos estados de Pernambuco, Bahia e Ceará. Os hoteleiros esperam que a partir julho a situação vá modificando com registro de melhoras, isso a partir da flexibilização do isolamento social na região.

Mas apesar do otimismo, da esperança e do esforço que as empresas do segmento vêm fazendo, o empresário Antônio Carlos Franco Sobrinho alerta que os próximos meses ainda serão de dificuldades e a normalização na hotelaria só se dará a partir do final do próximo ano. Até 2021 viveremos ainda um período de muito trabalho e sacrifício, salientou o empresário.

 

* Nairson Socorro é jornalista, turismólogo, editor do Portal de Notícia/Viaje Sergipe e responde pela coluna NORDESTE do Diário do Turismo.

 


 [NS1]




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2 comentários


Lara

23/06/2020 - 12:21:52

Oi Nairson, tudo bem ? Acredito que a Setur precisa de um posicionamento assertivo com urgência ! Lançaram no site da instituição a construção de um plano de retomada no dia 13/05 e até o momento nada ! Campanhas de divulgação não são suficientes diante de comportamentos de turistas que se ajustam a cada fase da pandemia, apontam vários estudos nacionais e internacionais, inclusive mercadológicos. Vários estados estão com subsídios aos guias e empresários. Desta forma, a recuperação será bem mais lenta !


Nogueira

23/06/2020 - 11:50:01

E triste essa realidadeMas sempre haverá uma luz no fundo do poço para alimentar uma esperança


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