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UMA REFLEXÃO SOBRE SER CRISTÃO E SER BATISTA (4)

Artigo do pastor José Carlos Tores, da Igreja Batista - RJ

Publicada em 12/04/21 às 14:12h - 353 visualizações

Rádio Boas Novas Aracaju


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UMA REFLEXÃO SOBRE SER CRISTÃO E SER BATISTA (4)
 (Foto: Rádio Boas Novas Aracaju)
Razões para o meu encantamento (2c)
Hoje, logo no início da quarta reflexão desta série, quero destacar duas observações sobre o que estou expondo como expressão da forma como penso e como procuro viver:
A primeira delas é que o ser cristão antecede o ser batista e o viabiliza. Em outras palavras, alguém pode ser cristão sem ser batista, mas ninguém pode ser batista sem ser cristão, pois os batistas, historicamente, por definição e por princípios, surgem na história cristã como aqueles que somente batizam convertidos, isto é, cristãos ou pessoas já convertidas a Jesus e nele nascidas de novo.
Em segundo lugar, ao realçar os princípios e valores que já apontei e continuarei apontando hoje conclusivamente, embora não exaustivamente, como razões do meu encantamento e uma das principais causas porque sou batista, alerto que o abandono o o seguimento cada vez mais distante dos princípios batistas tem gerado uma progressiva corrosão da nossa identidade peculiar e, como consequência, também da unidade cristã que, as duas, já foram marcas características nossas no Brasil e no mundo, com profundas e sérias implicações em nossas práticas denominacionais. 
Entendendo a profundidade e o bem que os princípios batistas fazem às igreja e à denominação, afianço-lhes ter procurado firmemente ser fiel a  a eles e servir às igrejas sob a inspiração dos mesmos, no que invoco o testemunho de irmãos de igrejas que tenho já pastoreado, sem o mínimo receio de fazê-lo. 
Agora, prossigamos na consideração de um novo e último conjunto de razões para o meu encantamento e para me ter tornado batista, por opção pessoal:
11- Autônomas, segundo um dos seus mais importantes princípios, conscientes de suas responsabilidades multidimensionadas, e tendo que dar respostas relevantes para os diferentes contextos em que se situam, as igrejas batistas, embora unidas pelos seus valores comuns, são necessariamente diferentes na forma como respondem às necessidades com que se defrontam.    
Como consequência dos diferentes “mundos” em que se radicam e com os quais interagem, e de decisões tomadas autonomamente por cada igreja local, a unidade que caracteriza as igrejas batistas não é a opaca, triste, ética e esteticamente pobre unidade na uniformidade, coisa somente possível sob o tacão do autoritarismo. 
Pelo contrário, a unidade dos batistas é a rica, alegre e bela unidade na diversidade, a única que se harmoniza com um Deus cujo Espírito, em sua multiforme graça, abençoa igrejas e os crentes que a fazem com diferentes dons e diferentes ministérios dele recebidos, e por eles exercitados e exercidos.
12- Por princípio, a liderança, numa igreja batista, necessariamente deve traduzir-se em serviço e não em poder. Os títulos não devem estabelecer posições de hierárquicas, mas apenas ministérios, isto é, serviços a serem prestados em nome de Deus aos crentes individualmente, à comunidade cristã de que fazem parte, à sociedade em que estão inseridos e ao mundo.    
Pastores e líderes, não importando os seus cada vez mais pomposos e desnecessários títulos, se vêm o ministério ou os títulos que ostentam como fonte de poder, fator de diferenciação hierárquica ou meio de vantagens pessoais, estão não só gravemente equivocados, como também reproduzindo padrões do mundo em que vivem e da sua cultura, e produzindo doenças, desilusões, frustrações e imaturidade psicológica e espiritual no seio do povo ao qual deveriam somente servir, servir e servir.
13- Tendo, por princípio, ter somente Deus como o absoluto em sua vida, e abraçando o senhorio de Cristo, a quem deve honrar, adorar e servir inquestionavelmente, numa igreja batista todo crente, liderança ou igreja que disso fuja e para que logo seja corrigido, todos os seus membros têm direito ao exercício livre da crítica que deve ser considerada não somente como desejável, mas como necessária. Cada um deve ter consciência disso para a exercitar, especialmente nos níveis comunitário e institucional.
Não há instituições ou seres humanos que não seja criticável, não importando quais sejam e as posições em que estejam, pois todos são finitos, falíveis, ambíguos e somente poderão crescer se enxergarem com clareza seus pontos fortes e fracos, sua omissões, seus equívocos e a distância que marca o que são e fazem hoje, do que são vocacionados, a partir da sua natureza, a serem e fazerem.  
14- O princípio da separação entre igreja e estado, ambos reconhecidos como autônomos e com naturezas e propósitos distintos, estabelece que não cabe, a qualquer deles, domínio sobre o outro, ou mesmo interferências nas competências essenciais do outro.
Este princípio, bem entendido e aplicado, é o antídoto eficaz e efetivo para impedir que qualquer dos dois ouse submeter ou domesticar o outro, pondo-o como servil às suas determinações. E protege as igrejas e as mantém longe das muitas formas de cooptação, tais como honrarias, facilidades e privilégios, bens e recursos financeiros, além de posições de poder que a tantos encantam e, historicamente, quando isso acontece, deixa a igreja à mercê da vontade dos governantes de plantão.
15-  A autocrítica institucional é uma prerrogativa de cada batista e de cada igreja, seja dirigida à igreja local de que é membro, seja orientada na direção das instituições criadas pelas igrejas ou das quais participem, nos níveis municipal, estadual, nacional e internacional. Também, enquanto cidadãos, nas críticas com as quais os cristãos procuram contribuir para o melhor funcionamento possível das instituições e lideranças da sociedade civil e do estado, todas elas também finitas e limitadas.
Criações humanas e não divinas, as instituições batistas, finitas, limitadas e ambíguas, inclusive suas lideranças, por fidelidade a este princípio da autocrítica institucional, devem abominar os silêncios obsequiosos, omissos e coniventes, e anelar serem continuamente abençoadas pelas críticas que lhes sejam dirigidas. 
E não me venham com essa história de que “críticas devem ser construtivas” pois, por coerência com este princípio, considero e sempre considerei positivas e construtivas todas as críticas, não importando quem as faça e o modo como as faça. Lideranças amadurecidas devem saber lidar com as críticas recebidas, procurando sempre extrair o melhor delas para o seu bem, da instituição que administra e do povo ao qual serve.
Na próxima postagem, a quinta desta série, enfocarei o pastorado do Pr. José Guedes dos Santos, ainda vivo e muito lúcido, uma das principais razões para que a Igreja Batista do Farol tenha sido esta fonte abundante de demonstrações verdadeiras do que seja uma comunidade de fé cristã batista, que revelava em sua vida a beleza e a eficácia dos princípios batistas.
Pastor Torres



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