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SÁBADO OU DOMINGO (O homem precisa de um dia de descanso?) Parte I

Diante de dúvidas sobre o dia de repouso dos cristãos. O advogado e diácono Janildo Honório achou por bem trazer a questão à lume em artigo que será publicado neste espaço divididos em 03 partes. Este é o primeiro.

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Janildo Honrio da Silva


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Onde, na Bíblia, há referências sobre o sábado como relato histórico e como norma legal, de modo a identificar o destinatário do mandamento e as hipóteses de inclusão de quem, à primeira vista, seja estranho à incidência da norma mandamental? E o Dia do Senhor, é Sábado ou Domingo? Quais são os seus respectivos fundamentos bíblicos? Pode ser qualquer dia? Essas e outras questões serão objetos de análise, e neste singelo trabalho, se for possível, virão as respostas acompanhadas dos respectivos fundamentos bíblicos.

Sobre referências ao sábado, a primeira que aparece também se refere ao começo do mundo recém-criado por Deus. Em Gênesis, no segundo capítulo do Livro, verso 3, vimos:

“E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”.

Em êxodo, 16.26, vimos que ao dar orientação ao povo no sexto dia na colheita do maná, Moisés diz antes, no verso 25:

“... Comei-o hoje, porquanto o sábado é do Senhor; hoje, não o achareis no campo”.

A seguir vem a menção do sábado na frase: “lembra-te do dia de sábado para o santificar... (Ex. 20.8)”. Aqui já é o Decálogo, o quarto mandamento. Além dessas, podemos ver mais 38 referências ao sábado, e ao todo, 41 citações com respeito ao sábado. Onze delas no Pentateuco, Neemias duas, em Isaías quatro, em Jeremias uma, em Ezequiel duas; e no NT 21 citações ao dia de sábado.

A reprimenda divina a Israel com relação ao sábado tinha por causa a quebra do dia santo. O motivo mais comum: o lucro e os negócios seculares em detrimento do mandamento do Senhor.

O sábado e a circuncisão eram dois compromissos dos descendentes de Abraão para com Deus. Embora a Bíblia não se reporte a Abraão quanto a guarda do sábado, começou com o pai da fé a instituição da circuncisão.

Israel ao sair do Egito recebeu o mandamento no decálogo como deve se lembrar de santificar o sétimo dia, bem como o dever de se circuncidar. Eram os sinais da aliança abraâmica que se reforçava nas alianças moisética e canaânica (ou palestiniana), replicando-se na aliança seguinte: davídica. Esses termos não aparecem na Nova Aliança (aliança eterna) com a vinda de Jesus.

Jesus nasceu sob a égide da lei e foi o único cumpridor dela, inclusive sendo circuncidado ao oitavo dia. Ao cumprir a lei ele substituiu todos o que nele confiam. Cristo, também, como diz no livro de Hebreus, inaugurou novo sacerdócio “Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança na lei” (Hb 7.12).

Cristo abriu para os que nele confiam um novo e vivo caminho para termos acesso a Deus. O cumprimento da lei por Cristo é válido dentro do seu método de substituição explicado por Paulo em II Cor 5.21: “Aquele que não conheceu pecado, ele se fez pecado por nós; para que, nele fôssemos feitos justiça de Deus”.

Como se deflui da contagem das citações do dia do sábado na Bíblia, nos 27 livros do Novo Testamento temos mais citações desse dia do que nos 39 do Velho Testamento.

Com relação ao Dia do Senhor.

O Shabat muitas vezes é visto como sinônimo do Dia do Senhor. A Bíblia, no Velho Testamento, fala do Dia do Senhor como o dia da manifestação da ira de Deus. Zacarias 14.1 (Eis que vem o Dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti).

Nada obstante, como existe o Sábado do Senhor e os sábados dos homens (feriados), o sábado que coincide com o fim de semana passou a ser chamado o Dia do Senhor. Após a ressurreição de Jesus Cristo, para muitos grupos de cristãos vieram mudanças com relação ao sábado e o chamado primeiro dia da semana – o domingo passou a ser o Dia do Senhor.

Se partimos de uma interpretação literal com os recursos gramaticais apropriados, admitindo os critérios de hermenêutica para interpretar corretamente, não apenas as palavras e o sentido comum que elas tinham na época que foram escritas, bem como a compreensão da cultura do poder vigente de então e a cultura dos diversos povos, poderemos ter mais clareza para entender melhor as citações sobre o sábado e outras palavras correlatas alusivas ao dia.

Seja o sábado que vem depois da sexta-feira ou o domingo que vem depois do sábado, ambos deveriam ser dia de repouso, porque ficou claro que Deus, nosso criador, que conhece nossas especificações psicossomáticas e nossos limites, ordena que descansemos.

 

Deus descansou no sétimo dia (Gn. 2.3). Deus determinou a Israel que se lembrasse do dia sétimo para o santificar. Ao contrário do que muitos dizem que no quarto mandamento está contida uma ordem de o homem trabalhar seis dias, e até chegar-se à conclusão de que se trabalhar menos estaria igualmente pecando, tal interpretação não decorre do método gramatical e literal, à luz do seu contexto próximo e remoto.

O cerne do mandamento é o repouso e não o trabalho. Deus que conhece bem o coração do homem, sabe que ele não tem limites para agregar riquezas a seu patrimônio e que seria tentado a trabalhar no sétimo dia por mera ganância. Então os seis dias de trabalho aparecem nesse contexto como uma concessão. Podem trabalhar até seis dias por semana, mas, devem descansar no sétimo.

Sábado ou Domingo? Com referência ao sábado, sabemos dos respectivos fundamentos. Ordem expressa do Senhor. A quem, exatamente ele se dirige? Êxodo 20 revela desde o verso primeiro a quem Deus está falando: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”.

Claro que Deus fala a um povo que tem identidade. A Israel. O Deus de seus pais lhe fala. Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Fala ao mesmo povo que foi tirado da terra do Egito.

“Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. “Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento” (Êxodo 31.16,17).

No decálogo há mandamentos que transcendem o povo de Israel, como, por exemplo, não terás outros deuses diante de mim, não façam imagens de escultura e nem adorem coisas, animais ou pessoas, não pronunciem o nome de Deus em vão, honrem pai e mãe, não matem, não adulterem, não furtem, não digam falso testemunho e nem cobicem o que é dos outros.

A lei, entretanto, não se limita apenas aos dez mandamentos. Há centenas ou milhares de outros mandamentos divinos aos quais todo homem tem o dever de os observar, porém, na qualidade de homens e mulheres pecadores, seria tarefa inalcançável para simples mortais. Jesus sintetizou-a em dois mandamentos: amar a Deus; amar ao próximo. A lei condena a quem não a cumpre e condena os que a descumprem, até com a morte:

A graça que veio por Jesus Cristo, no entanto, nos traz o resgate de que tanto necessitamos, como está escrito em Gálatas 3.13:

 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).


Continua...




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