Em 2023, o Brasil recebeu o mesmo número de turistas internacionais que antes da pandemia de Covid-19. Nos últimos 12 meses, o país recebeu exatamente 5.908.341 visitantes estrangeiros. O número é 3% superior à estimativa da Organização Mundial do Turismo (OMT) para o Brasil e 62,7% superior ao acumulado de 2022, quando o país recebeu 3,6 milhões de turistas. Em 2019, havia 6,3 milhões de estrangeiros. Os dados são resultado de uma parceria entre a Embratur, o Ministério do Turismo (MTur) e a Polícia Federal (PF).
“Estamos muito perto de atingir os números pré-pandemia e com o conjunto de ações e programas que o Ministério do Turismo tem vindo a estabelecer no domínio da estruturação e promoção dos destinos, ultrapassaremos o número de turistas internacionais em 2019 em 2024. O que é ainda mais importante é aumentar o ticket médio e o valor total deixado pelos estrangeiros em nosso país e é nisso que estamos trabalhando”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comemorou o resultado. “O interesse pelo Brasil voltou graças à mudança de governo e à conseqüente mudança de rumo em nossa política ambiental, de respeito à democracia e aos direitos humanos. Passamos de inimigos da humanidade a melhor destino de ecoturismo do planeta. significa geração de emprego e renda em todo o país, numa atividade econômica que só faz bem ao Brasil", afirmou.
De janeiro a novembro do ano passado, o turismo internacional contribuiu com 31 bilhões de reais para a economia brasileira, acima dos níveis pré-pandemia. Só em novembro foram 3 bilhões de reais, 13,3% a mais que em 2011, até então o melhor ano da série histórica (desde 1995). Os números consolidados de 2023, com o mês de dezembro, serão divulgados pelo Banco Central nas próximas semanas. Para Freixo, o trabalho técnico realizado pela Embratur na promoção internacional do turismo brasileiro permitiu um aumento de 62,7% na chegada de turistas em apenas um ano.
“Esse resultado só foi possível porque o aumento do interesse pelo Brasil foi acompanhado de um trabalho muito eficiente da nossa equipe para atrair novos voos internacionais, o que resultou em um aumento de 40% na conectividade aérea. com uma estratégia de publicidade e geração de negócios com empresas brasileiras e estrangeiras, colocando nossos destinos na prateleira internacional", acrescentou.
Mais turistas da América do Sul
A Argentina continua sendo o principal país de origem de turistas para o Brasil, com 1,9 milhão de visitantes (32% do total), o que equivale a 96% do total de 2019. Segue-se os Estados Unidos com 668,5 mil (11%). ), Chile com 458,5 mil (7,7%), Paraguai com 424,5 mil (7,1%) e Uruguai com 334,7 mil (5,6%). A França é o principal país emissor da Europa e ocupa o sexto lugar com 187.500 turistas (3,1%), seguida de Portugal com 158.500 (3%). A Alemanha com 158.500 (2,6%), o Reino Unido com 130.200 (2,2%) e a Itália com 129.400 (2,2%) completam o Top 10.
Em 2023, a chegada de chilenos foi recorde, a maior da série histórica, o que mais uma vez colocou o país no terceiro lugar entre os principais emissores, ultrapassando o Paraguai e retomando a posição que ocupava até 2018. Porém, as chegadas do Paraguai também cresceu e atingiu o melhor resultado desde 1999, quando o número de turistas do país subiu para 501 mil.
Os 5,9 milhões de turistas internacionais em 2023 correspondem a 93% das chegadas do último ano antes da pandemia. Em dezembro, o número de turistas internacionais que entraram no Brasil foi de 621.171. Isso é 17,4% a mais que em dezembro de 2022, que era de 529.038. Nesse caso, a marca corresponde a 95,2% dos dados de 2019, quando o número de visitantes do exterior ao país foi de 652.099.
Os estados com maior número de chegadas de turistas foram São Paulo, com 2.107.179, Rio de Janeiro, com 1.192.814, Rio Grande do Sul, com 1.000.909, Paraná, com 791.536, e Santa Catarina, com 288.429. A principal via de acesso foi a aérea, com 3.794.260 chegadas, seguida pela terrestre, com 1.923.243.