noticias Seja bem vindo ao nosso site VIAJE SERGIPE!

Artigos

A MENINA, OS ESTUPROS, A GRAVIDEZ E O ABORTO

Artigo do pastor José Carlos Tores, da Igreja Batista no estado do Rio de Janeiro

Publicada em 22/08/20 às 10:30h - 457 visualizações

Pastor José Carlos Torres


Compartilhe
Compartilhar a noticia A MENINA, OS ESTUPROS, A GRAVIDEZ E O ABORTO  Compartilhar a noticia A MENINA, OS ESTUPROS, A GRAVIDEZ E O ABORTO  Compartilhar a noticia A MENINA, OS ESTUPROS, A GRAVIDEZ E O ABORTO

Link da Notícia:

A MENINA, OS ESTUPROS, A GRAVIDEZ E O ABORTO
 (Foto: Divulgação / Portal de Notícias/Viaje Sergipe)
Até onde vão a maldade e a estupidez humanas?!

Primeiro, nesta triste história, aparece uma família disfuncional e desestruturada. Um dos seus membros, com antecedentes criminais, sem qualquer respeito ao outro, como pessoa, e à vida, é também marcado por uma tara pedofílica. E continuadas vezes ele vai à casa onde mora uma sobrinha sua, criada pela avó e a estupra. Pura maldade e condenável perversidade levadas ao extremo!

A menina, cujo nome não é citado por medida de proteção legal e humana, ainda aos seis anos de idade é estuprada por este tio monstruoso, e passa a ser submetida a abusos deste tipo seguidamente, silenciada por ameaças diversas feitas por ele.

Aos dez anos e há poucos dias atrás (08.08.2020), com dores na região do abdômen, a menina é levada a um hospital público, na cidade de São Mateus, no estado do Espírito Santo, onde é constatada a sua gravidez. Uma gravidez produzida por abuso sexual e estupro, indesejada e ameaçadora para a vida da criança em questão e do próprio ser em gestação. O que fazer diante disso?

Para responder a uma questão tão séria, nada melhor do que, empaticamente, nos colocarmos na situação da menina e como se seus pais fôssemos, e deixar-nos guiar pelo amor com o qual Jesus nos disse que devemos amar o nosso próximo. 

Ela, por sua expressa vontade, rejeitou de pronto tal gravidez e disse que queria interrompê-la, o que somente se poderia dar através de um aborto. Aborto claramente permitido pela lei brasileira, uma das mais restritas e inflexíveis do mundo sobre tais casos. Por isso, conhecendo a desumanidade da situação em foco, logo a Justiça autorizou que tal procedimento fosse realizado, com toda a urgência necessária.

Mas não é que o hospital da sua cidade pronunciou-se como incompetente(?) para realizar o aborto necessário, no caso, para preservar a vida da criança de dez anos, sua saúde física, sua integridade psicológica e seu desenvolvimento social com o mínimo de sequelas resultantes de tão grande tragédia que era a sua gravidez abusiva e incestuosa, produzida por estrupo  de "vulnerável", como a lei define! Como resultado, ela foi levada ao Recife, onde num hospital de referência para casos como aquele, os procedimentos abortivos foram executados com os cuidados e a proficiência necessários.

Mas não é que durante todo este processo, sobraram exemplos de preconceitos, intolerância e estupidez de grupos religiosos (na porta do hospital, um grupo católico, como retratado  na reportagem anexa) que aos gritos chamaram a criança e o médico responsável de "assassinos"! Isso somente foi superado pelo amor às pessoas vítimas de estupro e o exemplo de amor à vida visíveis na decisão da Justiça e na ação dos médicos e pessoal paramédico que cuidaram da menina.

Na esperança de que você, caro leitor, não tenha estado ao lado dos que protestavam diante do que foi feito, levanto umas poucas pergunta, para então concluir esta postagem.

- O que o amor a uma criança em condições de tamanhos riscos e dificuldades nos aconselharia fazer? Arrotar o nosso apego  fanático a regras sociais, como os fariseus faziam em relação ao sábado, no que foram desautorizados por Jesus? Ou amar a pessoa em suas dificuldades, de tal forma que fôssemos ajudar a resolver o problema ora enfrentado e a preservasse de grande parte das sequelas psicológicas e sociais que poderiam advir?

- O que você faria, se o caso fosse com uma sua filha, irmã ou neta, e a menina estuprada incestuosamente e com uma gravidez que, uma vez diagnosticada, foi por ela recebida como inaceitável?

- O que você faria se fosse pai ou mãe, avô ou avó de uma criança  aviltada em sua dignidade e em sua integridade humana, em todos os planos e dimensões do seu ser e viver, diante de uma situação tão absurdamente inaceitável?

Eu, por minha vez, que não sou favorável ao aborto em todas as circunstâncias e dependente apenas da vontade da pessoa grávida ou de familiares que desejem esconder o que chamam de "vergonha para a família". Mas fui favorável a este aborto da menina estuprada desde os seis anos, e sou favorável à lei brasileira que fundamentou a decisão da nossa Justiça para que fosse realizado.

Quanto aos religiosos que se pronunciaram, alguns deles hipócritas que já praticaram abortos, se o que fizeram foi por amor à vida, juntem-se agora para apoiar a menina que está viva e carente de muitos cuidados e, especialmente, de amor. As igrejas e crentes de qualquer vertente do cristianismo e outros credos, em São Mateus, por exemplo, acheguem-se a esta menina e à sua família e procurem dar-lhes apoio que signifique a criação de novas e saudáveis perspectivas de vida.

No mais, sempre que tentados a colocar as leis acima do ser humano, seja ele quem for e nas condições em que esteja, lembremo-nos sempre deste ensino de Jesus: "O sábado ( a lei que o institui) foi feito por causa do homem, e não o homem por causa (da lei) do sábado". (Marcos 2:27)

Pastor Torres  

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/apos-protestos-gravidez-de-crianca-estuprada-e-interrompida,2bbfaa4cfa393b6760278cd3459cfc83cr6hetd9.html



ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário


Insira os caracteres no campo abaixo:








Nosso Whatsapp

 (79)9 91615033

Visitas: 1310942
Usuários Online: 85
Copyright (c) 2024 - VIAJE SERGIPE - Rua Simão Dias,209 - S/01 Centro - Aracaju/Sergipe/Brasil. - Fone:(79) 9 9979-7974 /- Whatsapp (79) 9 9161-5033