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Não se deixe dominar pelo medo

“Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará.” Êxodo 14.13a

Publicada em 23/03/20 às 14:30h - 462 visualizações

Pastor Manoel Carvalho Junior


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Não se deixe dominar pelo medo
Pastor Manoel Carvalho Junior  (Foto: Divulgação)

UhDias difíceis temos vivido ultimamente. Esta pandemia que assola o mundo produz cenas de grande tristeza. Há uma comoção geral e uma preocupação imensa com a nossa vida e a vida dos que amamos. O resultado é uma mudança significativa da nossa rotina. Em muitos começa a se desenvolver um processo de profunda inquietação diante de um perigo iminente. O que sentimos se aproxima em muito com algumas das experiências do povo de Israel registradas na Bíblia. Dentre elas destaco a saída do Egito sob a liderança de Moisés. O capítulo 14 de Êxodo relata que os israelitas estavam acampados à beira do Mar Vermelho e avistaram a chegada do exército de faraó vindo em sua perseguição. Simplesmente não tinham saída: à frente a imensidão das águas; ao seu redor o deserto; na sua retaguarda a força militar egípcia. A única coisa que vinha à mente do povo era que havia chegada a sua hora. O desespero tomou conta de seus corações.

 Nesse momento de grande angústia e perigo surgem algumas atitudes muito comuns em quem enfrenta tais experiências. Surge inicialmente uma mudança brusca de sentimento. No v. 8 o texto diz que o povo saiu do Egito “afoitamente”. Outra tradução diz “com alta mão”. No original dá a entender que os israelitas saíram triunfantemente, corajosamente. Depois de tudo o que viram Deus fazer através de Moisés, o que vinha no coração de cada israelita era o destemor, a confiança na vitória sobre a teimosia de faraó. Saem, portanto, triunfantes. Mas bastou um pouco de tempo para tudo mudar. A visão do exército egípcio em seu encalço mudou o coração do povo e agora passam a sentir “muito medo” (v. 10). Foram do triunfo ao pânico. E o que temos visto em nossos dias é exatamente isto. Em um momento tranquilos na confiança de que temos em nossas mãos o controle de nossas vidas. Repentinamente, vemos que não estamos tão seguros assim. Há pouco tempo milhares eram só alegria no carnaval de rua em todo o Brasil. Hoje não são poucos os que estão reclusos em suas casas temerosos por tudo o que possa ainda estar por vir. O fatalismo também emerge em meio ao povo. No v. 11 a afirmação era a de que iriam morrer. Não havia jeito, não havia mais saída. Não escapariam das águas do mar, nem da areia do deserto e tão pouco das mãos do exército de faraó. O desespero nos empurra para esse tipo de atitude. Assim como uma outra atitude dos israelitas: chegar a conclusões apressadas e sem nexo. No v. 12 eles lançam um questionamento a Moisés, lembrando que preferiam ter permanecido no Egito. Será que disseram isso mesmo? E o pior era a conclusão a que chegaram: era melhor ter permanecido como escravo do que morrer no meio do deserto. Eles simplesmente começavam a preferir ter permanecido escravos, como se nessa condição a vida valesse mais a pena do que a busca pela liberdade. Tudo por puro desespero.

 Quando começamos a ser dominados pelo medo e pelo desespero, é preciso que alguém nos faça voltar à razão. É semelhante àquelas cenas de filmes de cinema onde alguém precisa dar um tapa na face para que o desesperado pare de fazer bobagens. E quem toma a iniciativa é Moisés, como o grande líder que era. No v. 13 ele toma uma atitude firme, apelando para que o povo parasse com todo aquele alvoroço. “Não temais, estai quietos...”, foram as suas palavras. O medo e o desespero nunca foram bons auxiliares para quem quer resolver problemas ou fugir do perigo. É preciso controle e razão em momentos de grande risco como o que vivemos hoje. Torna-se necessário enfrentar as dificuldades da vida com equilíbrio e sensatez, sem jamais perde o controle das nossas ações.

 O relato bíblico ainda nos aponta para o fato da constante presença do Senhor junto ao seu povo e do seu cuidado em relação a ele. Deus se fazia presente em meio aos israelitas e era ele quem os guiava, fosse de dia, fosse à noite (13.21-22). O desespero turvava a visão dos israelitas para o fato de que o seu Deus os acompanhava. Em nenhum momento faltou o cuidado divino. Deus mesmo providenciou tudo para que o seu povo saísse daquela situação, desde a abertura do mar para a travessia de um obstáculo aparentemente intransponível, até as ações para retardar os egípcios enquanto Israel se afastava. Não nos esqueçamos disto: Deus está presente em nossa caminhada e cuida de cada um de nós. Por mais difícil que seja a lida, o Senhor estará conosco e de nós cuidará. Seu Santo Espírito habita em nossos corações, aquele que é chamado pelo próprio Cristo de o Consolador, o que se coloca ao nosso lado para nos sustentar.

 Em momentos de grande temor é preciso também deixarmos Deus fazer a parte dele e nós fazermos a nossa. No v. 15 a ordem de Deus era para que o povo continuasse caminhando e seguindo em frente. Não poderiam ficar parados. Nessas horas de pavor sempre haverá algo que esteja ao nosso alcance para fazermos. Quando não conseguirmos fazer mais nada, aí é chegado o momento de Deus agir. Isso estava bem claro para Moisés quando, no final do v. 14, ele afirma que Deus lutará pelo povo. Os israelitas não tinham a mínima condição de enfrentar o exército egípcio. Não tinham qualquer armamento e nenhuma experiência militar para fazer frente àqueles soldados. Só podiam caminhar, e isso foi o que Deus exigiu deles. Não podiam guerrear; então isso ficava para Deus. E assim foi: Deus cuidou dos egípcios, enquanto o povo caminhava. Hoje há coisas que podemos fazer: cuidar da nossa segurança, seguir as recomendações das autoridades médicas. O que está além de nossa capacidade fica no raio de ação divino. É cada um de nós fazendo a nossa parte e Deus lutando por todos naquilo que nos é impossível fazer.

 Por fim, os momentos de grandes lutas e temores servem para reforçar a nossa fé na soberania de Deus. O texto bíblico deixa claro que tudo transcorria sem que Deus em momento algum perdesse o controle da situação. Algum israelita poderia até questionar sobre o porquê de ter acontecido daquela forma e não de outra mais tranquila. Deus poderia muito bem encaminhar as coisas de outro jeito. Poderia, mas lhe aprouve que fosse assim e não da maneira como pensamos ser a melhor. O Senhor tem suas próprias estratégias e modos de ação, que muitas vezes se reveste de mistério para nós. Mas no final das contas, sua vontade prevalece e seus propósitos são concretizados.

 Portanto, em momentos difíceis como os que atravessamos, nos lembremos da experiência de Israel. Não nos deixemos dominar pelo medo, pois o nosso Deus é conosco e cuida constantemente de cada um de nós. Façamos o que está ao nosso alcance e deixemos o que nos é impossível para que ele faça. Creiamos que em tudo os soberanos propósitos de Deus serão sempre cumpridos. Para nós, que o propósito presente seja o mesmo que foi aos israelitas na saída do Egito: ao final de tudo aprenderam a confiar em Deus (14.31).

Publicado em: Pensando com a Alma

http://www.pensandocomaalma.com/2020/03/nao-se-deixar-dominar-pelo-medo.html




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