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A RAZÃO FUNDAMENTAL DA MINHA INCONFORMAÇÃO E REBELDIA

Artigo do pastor José Carlos Torres, da IBSA do Rio de Janeiro

Publicada em 12/11/19 às 13:53h - 384 visualizações

Pastor José Carlos Torres


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A RAZÃO FUNDAMENTAL DA MINHA INCONFORMAÇÃO E REBELDIA
 (Foto: Divulgação)
Quem me conhece mais de perto sabe que não sei me calar diante do mal que eu veja, não importando quem o pratique e onde o faça. E que, fundamentalmente, sou um inconformado com o status quo e com tudo aquilo que agride a sociedade e a dignidade do ser humano, como esta vil desigualdade que enlameia a vida brasileira.

Não consigo não me inconformar e deixar de expressar a minha indignação, especialmente quando a prática do mal atinge outras e muitas outras pessoas, e alcança uma escala tal que passa a se constituir numa ameaça ao próprio futuro da sociedade de que faço parte e, às vezes, da humanidade, como no caso dos preconceitos e da intolerância, da corrida armamentista mundial e dos graves problemas ecológicos não devidamente enfrentados.
Isso explica porque sem deixar de ver alguns aspectos positivos de cada governo do nosso país,desde 1964, fui crítico de todos eles, das suas mazelas, equívocos e crimes que praticaram.
As críticas que tenho feito desde então têm, sobretudo, duas bases e duas vertentes: a espiritual e a ética. Só isso, e sem revanchismo, desejo de diminuir alguém e/ou ridicularizá-lo.
Deste modo, tangido por essas duas influências, sou crítico de mim mesmo, da minha igreja e dos governos da minha cidade, do meu estado e do meu país, além dos de alguns outros países que acompanho, pelo simples fato de que, espiritual e eticamente, não posso deixar de sê-lo sem, de modo simultâneo, não me sentir traidor de mim mesmo e do meu Deus.
Por isso, fui um crítico do regime militar, iniciado em 1964, e dos governos Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma e, agora, também o sou do governo Bolsonaro. Só Itamar Franco escapou mais ou menos das minhas críticas, se consideradas as motivações acima ditas, e isso no que importa à sua ética pública e governamental.
Mas, afirmo, no tempo da redemocratização e até mais recentemente, criticar não era julgado ofensivo e nem fazia do crítico um inimigo do governo ou governante que estivesse de plantão. Não era como hoje, quando até os cristãos, para os quais o único absoluto e incriticável deveria ser Deus, consideram a crítica à autoridade como ofensa pessoal a ela e como pecado diante da ordem de Deus para que a elas obedeçamos mas, afirmo, nunca incondicionalmente.
Esta minha postura crítica, conhecida de todos, crentes e igrejas a quem tenho tido o privilégio de servir como pastor, eu a expressei, sem tergiversações, nos sermões que proferi, nas palestras que apresentei, nos congressos, em púlpitos e através das mídias diversas a que tive acesso, bem como nas assembleias e conclaves da denominação batista e de outras em que foi me dado o privilégio/dever de exercê-la.
Por seis vezes, durante o regime de 1964, fui chamado a delegacias da Polícia Federal, onde fui questionado em razão desta minha postura crítica, sem que isso tenha sido pensado por mim como um sinal de Deus para que eu me calasse.
E não é que, quanto mais vou lendo, e principalmente lendo a Bíblia, mais vou encontrando razões para me rebelar contra qualquer forma de pecado, especialmente, dos por mim praticados, e de todos quanto possa enxergar dos praticados por outros, tão mais poderosos sejam e quanto mais possam ferir e atentar contra a dignidade e o futuro do povo de que sou parte, de modo especial dos mais pobres, humilhados e oprimidos.
Lendo principalmente a Bíblia, descobri estas três simples verdades que se completam e explicam nossa fidelidade ou não ao nosso Deus e ao Senhor Jesus Cristo:
1- Ser cristão é viver sob o Senhorio de Cristo e, a cada dia, na mais plena submissão à sua vontade, forma única como o seu reino se vai realizando em nós e através de nós.
2- Ser cristão é, também e necessariamente, ser um rebelde ao pecado e à sua prática, para continuar submisso ao Senhor, única forma de o reino de Deus continuar presente em nós e no mundo, através de nós.
3- E, como a vida cristã, a cada momento e em termos de santificação ou crescimento em Cristo, é decidida na luta entre a submissão ao Senhor e a insubmissão e a rebeldia contra o pecado, em todas as suas formas, vou seguindo nesta minha caminhada, enfrentando cada tentação com que me vou defrontando, sabedor de que sem que seja um rebelde com causa, um pecador cada dia menos pecador e um crítico dos pecados, especialmente os meus, das igrejas e suas lideranças, e dos governantes (minha vocação profética, talvez?), não passarei de um servo inútil, uma luz colocada debaixo do alqueire, um sal que tenha perdido o sabor.
Pastor Torres



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