Veja comigo então o que isto quer dizer.
Em 2Tm 2:13 está escrito: se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo. Neste verso está resumida toda a razão da confiança e esperança que tenho em um Deus fiel.
Duas afirmações me saltam do texto:
Primeira: a fidelidade de Deus não depende de minha conduta ou posição. Deus é fiel para comigo apesar de, eventualmente, eu não conseguir manter minha fidelidade para com ele. Não há uma relação de causa e efeito entre a atitude de Deus e minha resposta.
Segunda: na mesma linha da anterior, é da essência da natureza divina ser fiel. Deus é em si mesmo fiel: o seu modo próprio de ser é a fidelidade, ou seja, se deixar de ser fiel, deixa de ser Deus – este atributo divino é inquestionável.
E então, que devo fazer diante de um Deus que é essencialmente fiel? É bom, ouvir o conselho do salmista: Entregue seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá (Sl 37:5).
A palavra do salmista pode ser percebida nos dois verbos:
a) Entregue – sendo Deus fiel então posso entregar meu caminho ao Senhor e deixar que ele o conduza para o melhor destino; e
b) Confie – ainda reconhecendo a fidelidade divina, resta-me apenas confiar e descansar inteiramente no Salvador que ele me valerá.
Deus é fiel! Aleluia! Que esta não seja apenas mais uma frase em minha vida; mas a expressão de louvor e gratidão de uma alma que aprendeu a se entregar e confiar inteiramente no Senhor.
Para a glória dele. Amém.