* Otávio Meira Lins
Está difícil trabalhar com o turismo em Sergipe. O setor vive um dos piores momentos da sua história. Os indicadores apontam que existe uma falta de compromisso com desenvolvimento turístico da parte dos governantes de plantão. Enquanto isso, o trade turístico aparenta desunião e desmotivação, cada um olhando para seus próprios problemas, tentando resolver as questões de forma individualizada, apesar de pregarem a união como forma de solução.
Assistimos empresários esperando inertes por um milagre governamental que possibilite a captação de turistas, e por outro, a total falta de comprometimento governamental com efetivas políticas públicas para o desenvolvimento turístico. Por essas bandas a única coisa que temos em ambulâncias são as faltas: A falta de planejamento; a falta coordenação; a falta estrutura viária; a falta estrutura aeroportuária; a falta de um centro de convenções; a falta de calendário turístico, que alimente um planejamento de divulgação; a falta de uma efetiva ação de divulgação, conjunta e coordenada, e não como vem sendo feito, com cada um por si e Deus por todo mundo, (os empresários vão pra um lado, o Governo do Estado para outro, e as prefeituras para um outro, uma verdadeira Babel); a falta de atrações turísticas, e sobretudo a falta de união entre os atores do Turismo Sergipano. Tudo isso incomoda.
Assistimos a reuniões colegiadas e o que se percebemos é a falta de sintonia entre os atores envolvidos, Cada um fala sua própria língua e sem mínima objetividade. A única ideia uníssona existente, é a da necessidade e urgência de união entre todos, mas isso só acontece no discurso. Na prática os interesses e vaidades individuais prevalecem. Os interesses pessoais, vaidade e necessidade de protagonismo é que o se observa no debate sobre a atividade econômica. Os mesmos que tem se mostrado contra determinadas ações, alardeiam para os quatro cantos a necessidade de formarmos parcerias público privada e união de todos, mas isso, desde que atendam seus interesses corporativos.
* Otávio Meira Lins é pernambucano, radicado em Sergipe a 22 anos, onde exerce atividade empresarial e de liderança classista no segmento do turismo