O Evangelho texto diz que Jesus tornou a se manifestar aos discípulos (leia Jo 21:1). Desta vez às margens do mar de Tiberíades. Naquelas águas Jesus tinha encontrado vários pescadores de profissão e os chamado ao discipulado. Aquele tinha sido o ambiente costumeiro de Simão Pedro antes de seguir a Jesus.
Sete dos homens que acompanharam a Jesus durante seu ministério estavam voltando à rotina de pescadores comuns (veja o verso 2). Eram Simão Pedro – o líder do grupo, Tomé – o que foi restaurado (em Jo 20:26-29), Natanael – que Jesus já havia reconhecido como verdadeiro israelita (volte a Jo 1:47), os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos anônimos.
Mesmo depois de todas as experiências presenciadas ao longo do ministério ao lado do Mestre; mesmo depois das instruções íntimas; mesmo depois dos encontros com o ressuscitado; mesmo assim, todos aqueles homens ainda careciam de que lhes reanimasse a fé.
Simão Pedro então anunciou: — Vou pescar! (Jo 21:3).
Nesta simples declaração e disposição, Pedro demonstrou toda a sua frustração consigo mesmo em particular e com a situação em geral. Ele deu a entender que, apesar de ter visto com os próprios olhos o túmulo vazio e o Cristo ressurreto e glorificado, as esperanças ainda estavam mortas, as cicatrizes ainda estavam abertas e a decepção ainda era um peso insuportável.
Os outros discípulos, também desorientados, resolveram seguir a Pedro. E para piorar a situação, naquela noite não apanharam nenhum peixe (confira Jo 21:3).