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REFLEXÕES SOBRE FÉ E VIDA CRISTÃS (2)

Artigo do pastor José Carlos Tores, da Igreja Batista no Rio de Janeiro

Publicada em 23/03/22 às 08:43h - 289 visualizações

Pastor José Carlos Torres


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REFLEXÕES SOBRE FÉ E VIDA CRISTÃS (2)
 (Foto: Rádio Boas Novas Aracaju)
Na mensagem anterior, destaquei o que considero essencial na construção da nossa identidade, como discípulos de Cristo, isto é, a compreensão que temos de nós mesmos, a partir de como nos definimos, nos chamamos  e nos identificamos diante da pergunta: você é um crente, ou um cristão?
CRENTE, OU CRISTÃO? (2)

É o conteúdo específico da fé cristã e sua origem, como destacado na postagem anterior, que a faz diferente das outras formas de crenças existentes na sociedade brasileira e no meio de cada povo no mundo. Sobre os aspectos fundamentais e definidores da fé cristã e da vida cristã que lhe deve ser consequente, ainda iremos meditar nas próximas 3 ou 4 mensagens desta série.
Quando os hoje chamados de crentes ou de evangélicos chegaram ao Brasil, em todas as suas acepções, seu posicionamento não foi aberto e positivo, mas fechado e nada elucidativo sobre o significado, a natureza e as implicações da fé que diziam ter abraçado. Eles diziam não ser parte da sociedade em que viviam e contra a sua cultura, e eram e continuamos sendo anti católicos. No catolicimismo e depois no espiritismo não procuraram encontrar pontos de identificação, mas somente motivos para realçar sua oposição a eles. 
Esta forma de construir sua identidade, em oposição à cultura vigente, aos católicos e depois também aos espíritas, resultou numa situação anômala que modelou o seu discurso, com o qual temos dito quase tão somente o que não somos, mas fomos incapazes de construir uma mensagem coerente, bem fundamentada e propositiva que nos identifique devida e claramente como cristãos, conforme a denominação de que somos parte. Assim, foram geradas posturas reativas, negativistas e poucas vezes positivas, construtivas e explicitadoras da natureza, sentido e implicações da fé que os caracterizava.
Ainda hoje, dizemos que não somos católicos, que não somos espíritas e, na dimensão política, dizemos que não somos esquerdistas, nem comunistas (posições bem diferente, mas igualmente demonizadas), sem que nos alcance a lucidez e a compreensão da importância da afirmação do núcleo central da nossa identidade como discípulos de Cristo e cidadãos, embora sabendo que o Senhor nos deixou neste mundo para sermos “sal”, “luz” e “fermento que levede toda massa” no meio da sociedade em que vivemos. E isso é impossível de acontecer se não nos identificarmos devidamente como seguidores e discípulos daquele que é o Senhor das nossas vidas.
Para não sermos confundidos com os católicos, ininteligentemente aceitamos o “apelido” de “crentes”,  termo vazio e inadequado para expressar o que é um cristão, pois o crente pode ser espírita, budista, muçulmano etc., e até  mesmo incrédulo por crer que Deus não existe e, assimmewsmo, todos crentes. 
Este termo foi servindo até que o Brasil se foi tornando religiosamente mais diverso, com vários tipos de fé e de crentes convivendo em seu espaço social. O termo, por isso e pelo testemunho negativo de muitos desses “crentes, foi-se tornando inadequado até mesmo para nos diferençar dos católicos e espíritas, eles também com sua fé diferenciada e conhecida. Mas nos permitimos ser assim chamados, até que, no meio de uma crescente crise moral, o testemunho dos crentes passasse a ser um problema e um obstáculo à pregação conceitualmente rala e eivada de um moralismo tão vazio quanto insustentável nos novos tempos que foram chegando.
O termo “crente” foi sendo abandonado e depois substiuído pela palavra “evangélico” para descrever o que somos como segmento específico da sociedade. De fato, embora a palavra evangélica seja mais apropriada para descrever-nos, também ela não diz mais profundamente o que somos e, no máximo, poderia ser um qualitativo do tipo de cristão que somos. Defeito grave dela é ter-nos colocado como parte de um geleia geral na qual cabiam todas as denominações, sem quaisquer diferenciações. Novamente este nome se mostrou insuficiente e inadequado, além de ter sido comprometido e eticamente deteriorado pelo “tristemunho” de muitos, especialmente, nos últimos tempos, de líderes e pastores mais conhecidos. 
No fundo, ainda não tivemos a devida lucidez e a necessária coragem testemunal de dizer o que realmente somos, muito pelo receio da acusação de sermos “ecumenistas”, o que no ambiente religioso brasileiro soa semelhante à acusação de “comunistas, no campo social e político de intolerância direitista . Até quando continuaremos sem entender a importância de nos dizermos cristãos e  assim nos chamarmos, apondo à palavra o designativo da denominação ou grupo cristão com o qual também nos identificamos.
Eu, por exemplo, me afirmo e me defino como cristão batista. Assim me vejo, me identifico e procuro me situar entre diferentes cristãos, diferentes crentes, e no meio mais amplo da sociedade de que sou parte. 
Primeiro e acima de tudo, digo que sou cristão, sem desmerecer em nada a afirmação de que sou batista, expressão de fé e de modo de ser cristão ao qual jamais teria chegado, sem que antes e necessariamente fosse um cristão, no espírito da observação do autor dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 11, verso 26: “... e em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos”.
Pastor Torres

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