A cada dia, ao acompanhar a forma como o ainda presidente do nosso país trata os seus ministros, fortalece-se em mim a certeza de que os convites a eles feitos foram e continuam sendo uma grande enganação.
Na verdade, os ministros deste governo não foram convidados para exercerem a administração dos ministérios e áreas que lhes eram aparentemente entregues. O convite era para que se sujeitassem aos desejos e à autoridade despótica de Bolsonaro, e lhe prestassem total e permanente obediência, mesmo que isso tivesse a ver com a negação do que acreditassem ser certo e ético e com a degradação da sua autonomia, marca característica do que, em verdade, significa ser humano.
Viram isso os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Tcheid, e se recusaram a ficar sob o jugo da ignorância e do absolutismo "boçalnariano".
Outros, como Moro e Pazuello, muito humilhados, destituídos do seu poder apenas aparente, e depois de usados pelo "minto" e "messias", saíram antes de ser "saídos, muito menores do que entraram.
Já Guedes (como vale a pena ver na reportagem anexa), o chamado "superministro" e o "posto Ipiranga" deste governo além caótico, "vendeu sua alma" e, do aparente quase todo-poderoso que era, foi transformado num obediente "menino de recados", num instrumento eleitoral do ainda presidente, num personagem que nada tem a ver com a função de um ministro de Estado, especialmente da Economia, num país enredado em tantas mazelas e nós atinentes a esta área da administração pública.
Já os atuais ministros da Saúde, Ciência e Tecnologia, e Educação, entenderam bem e de pronto o sentido do convite recebido: nada questionar do que o "minto" diga ou faça, apoiá-lo em todos os seus desacertos e ouvi-lo, sempre rindo e concordando com tudo, como pateticamente faz o atual presidente da Caixa Econômica Federam, o assistente mais usado nas imorais lives boçalnarianas. Ademais, cabe-lhes a ousada tarefa de aceitar, sem questionar, as interferências públicas e ostensivas do "minto", em áreas e missão a eles confiadas.
A este atual (des)governo, cabe-lhe bem a afirmação pazuelliana que bem descreve sua hierarquia e como se dá o relacionamento de cada um do atuais ministro com o presidente: "Simples assim! Ele manda, e eu obedeço"!
A partir do acima dito, entendo que nenhum dos ministros deste governo foi chamado para estar à frente, como administrador de qualquer dos ministérios ainda existentes.
O convite, próprio para energúmenos, homúnculos e invertebrados, ainda que aparentemente humanos, como ocorre em todos os governos autoritários e dirigidos segundo as trevas da ignorância, foi para que assumissem esta "nobilíssima" função e este honroso cargo: Auxiliar Interino do Subcarimbador.
Pastor Torres
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2021/08/4942332-guedes-passa-de-superministro-a-mero-instrumento-eleitoral-de-bolsonaro.html