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SÁBADO OU DOMINGO (O homem precisa de um dia de descanso?) Parte III

Diante de dúvidas sobre o dia de repouso dos cristãos. O advogado e diácono Janildo Honório achou por bem trazer a questão à lume em artigo que será publicado neste espaço divididos em 03 partes. Este é a última e conclusiva parte do artigo.

Publicada em 30/04/21 às 06:28h - 530 visualizações

Janildo Honrio da Silva


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SÁBADO OU DOMINGO (O homem precisa de um dia de descanso?) Parte III
 (Foto: Rádio Boas Novas Aracaju)

*Janildo Honório da Silva

Embora no decálogo, o 4º mandamento seja destinado aos judeus, segundo a interpretação literal, não há mandamento expresso no Novo Testamento para a guarda de um dia para os cristãos.

Cristo Jesus pela graça que nos outorgou nos elevou a uma posição mais elitizada (espiritualmente) do que os destinatários do 4º mandamento, no tocante a sermos coparticipantes da natureza divina. Jesus prometeu a sua igreja:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (João 14.16).

O Espírito Santo é Deus residente naquele que nele crê e com ele mantem-se firme à nova aliança com seu Filho.

“O Espírito da verdade, que o mundo não o vê, nem o conhece, vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (João 14.17).

“Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (João 14.23).

O cristão tem, então, o privilégio maior do que os descendentes de Abraão, enquanto um povo que guarda o sábado. Embora eu concorde que eles, enquanto povo da promessa devem mesmo guardar o sábado, pois o sábado foi destinado a eles. Por outro lado, assim como os primeiros, qualquer judeu pode, pela fé se tornar filho de Deus se crer no nome de Jesus.

Há pontos de distanciamento com a revelação bíblica, quanto ao dia da ressurreição de Jesus. Ora se Deus não disse quando Jesus ressuscitou, por que ele exigiria a guarda de um dia com base nessa hipótese sem nos dar a certeza da ocorrência do fato histórico, em relação ao dia?

Na verdade, quanto ao tempo que Jesus ficou no túmulo ele deixou algo dito expressamente e, com base na sua declaração torna-se aferível o dia da sua ressurreição e o horário.

“Assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mateus 12.40).

 

Como seria isso? A Bíblia registrou o horário da morte de Jesus na cruz, todos admitem que foi às 15h00. A conta dos três dias tendo seu começo às três da tarde, no dia seguinte no mesmo horário, 1º dia (24 horas). Nos dois dias restantes, o terceiro dia finalizaria às três da tarde.

Nessa acepção, não teria lugar para o domingo de manhã.

Jesus era na terra quando fez essa declaração de Mateus 12.40 o profeta igual a Moisés na humanidade, mas ele mesmo afirmou ser maior do que Moisés, e maior do qualquer outro profeta e maior que o sábado. Se as profecias de Isaías, Jeremias e Ezequiel, por exemplo, cumpriram-se, literalmente, por que com Jesus seria parcialmente?

Ele disse que seria o único sinal a dar para aquela geração adúltera e má (Mateus 12.39). O sinal de Jonas. Jonas ficou três dias e três noites no ventre do grande peixe. Ele, Jesus, ficaria três dias e três noites no coração da terra também.

Muitos começam a contar os três dias e três noites a partir da sexta-feira. A Bíblia não fala da sexta-feira. A conta não fecha no domingo pela manhã (onde estariam 3 dias e 3 noites.

A Bíblia fala do dia da preparação (parasceve) como era a semana da Páscoa, o dia anterior ao sábado é o mais aceito como a sexta-feira. Todavia, a parasceve era também o dia da preparação de qualquer festa judaica.

Há comentários de estudiosos sobre a Páscoa, dizendo que ela ocorria num dia da semana, não necessariamente no primeiro dia da semana, e nem no sábado. Sendo a assim, o dia da preparação seria o dia anterior e poderia não ser na sexta-feira.

Esse esforço de interpretação histórica não intenciona apontar erros de quem afirma ter sido na sexta-feira a morte de Jesus, mas apenas alertar que essa conta não fecha com a profecia de Jesus, com respeito ao sinal de Jonas, no que tange a três dias e três noites.

Se ele ressuscitou no domingo de manhã como afirma Marcos, a noite do sábado teria sido a terceira noite, a noite da sexta-feira, a segunda, e precisaríamos da noite de quinta-feira para ser a primeira. Por isso, como diz Champlin, alguns acreditam que a ressurreição de Jesus teria ocorrido no sábado, admitindo a parasceve na terça-feira, a Páscoa na quarta-feira.

 

E então, a tese do fundamento do domingo como o dia da ressurreição de Jesus estaria prejudicada.

É interessante verificar que em Mateus 27.62, afirma-se que líderes religiosos vão até ao Palácio de Pôncio Pilatos fazerem um requerimento ao governador com relação ao corpo de Jesus. Mateus diz que isso ocorreu em um dia depois da preparação (antes do sábado).

Se o dia da preparação fosse sexta-feira, eles, os líderes judeus estariam fazendo um pleito no sábado, quando também não lhes seria lícito ir até ao sepulcro: “Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta (Mateus 27.66).

Esse texto faz-nos pensar que a Páscoa daquele ano teve um dia de preparação anterior ao sábado, dia do Senhor, guardado pelos judeus.

Conclusão.

Deus tem alianças registradas na Bíblia com Abraão, o pai da fé; com Moisés; com a terra de Canaã; com David acerca de um descendente dele que seria Rei para sempre e a Nova Aliança mediada por Jesus Cristo que inclui todos os que creem.

Todavia, à parte dos destinatários da nova aliança, Deus não revogou as alianças abraãmica, canaãnica (palestiniana) e davídica. Elas terão seu cumprimento. Isso será revelado a seu tempo.

O domingo tido como dia do Senhor nunca foi guardado pela igreja com a mesma ortodoxia do sábado dos judeus. Todavia – descanso - segundo a ótica divina é necessário na ordem de um dia por semana. Jesus fez isso, sem, no entanto, deixar de priorizar nesse dia, as boas obras.

Os judeus guardam o dia de sábado e devem permanecer fazendo isso. É um sinal entre Deus e eles. Nós, os cristãos devemos guardar a palavra de Deus para termos a companhia cotidiana do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que fazem em nós morada, como prometeu Jesus (João 14.23).

Bom seria, no entanto, que todos nós realmente tivéssemos um dia de descanso, separando-o como um dia agradável ao Senhor, porque nesse dia não pensaríamos em coisas seculares, mas o dedicaríamos, com amor, às coisas de Deus e não para aquilo que é exclusivamente do nosso interesse. Quanto ao dia da semana, poderia até ser sábado, não necessariamente.                                                                      

*Janildo Honório da Silva é advogado e diacono da Primeira Igreja Batista de Aracaju.

 




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